No dia 17 de dezembro de 2023 vi uma matéria do programa televisivo dominical "Fantástico" da Globo com a reportagem "'Jogo do Aviãozinho': quem são os influenciadores investigados por divulgação de jogos ilegais" e novamente vi o destaque sobre o golpe das casas apostas on-line (golpe sim) e da propaganda que influenciadores fazem (fazendo pessoas de trouxas) nas redes sociais.
Advinha qual empresa envolvida? Blaze, ela mesma. Aliás, escrevi do golpe dessa empresa aqui:
A reportagem do Fantástico pode acompanhar aqui:
Assim, resumindo a reportagem, a mesma relata uma investigação sobre a plataforma de jogos de azar online Blaze, apontando possíveis práticas ilegais, influenciadores envolvidos, dificuldades legais e impacto negativo em apostadores.
Principais pontos
Investigações apontam indícios de práticas ilegais na plataforma Blaze de jogos de azar online.
Influenciadores promoveram a plataforma, sofrendo assim consequências legais.
Dificuldades legais são evidenciadas devido à sede da empresa ser em outro país.
Impacto negativo em apostadores é destacado, incluindo perdas financeiras.
Recomendo assistir, mas logo abaixo explico o que de fato ocorreu.
Na rede social, LinkedIn, existe um artigo que explica muito bem sobre as implicações legais dessa situação toda:
Da autora Flavia Penido, recomendo fortemente ler.
Sobre a questão que envolve os influenciadores com jogos de apostas, exponho o seguinte:
No cenário digital, a parceria entre influenciadores e marcas pode ser uma faca de dois gumes. Recentemente, uma investigação trouxe à tona a participação de renomados influenciadores digitais, como Jon Vlogs, Viih Tube, Juju Ferrari, Mel Maia, Rico Melquiades, MC Kauan e Juju Salimeni, na promoção de um jogo conhecido como "Crash" ou "Jogo do Aviãozinho". Este jogo, oferecido pela plataforma Blaze, é, no entanto, ilegal no Brasil.
A Atração pelo Proibido
O "Jogo do Aviãozinho" seduz os apostadores com a promessa de lucros garantidos. O modus operandi é simples: à medida que o avião virtual decola, o prêmio aumenta, e os jogadores enfrentam a difícil decisão de quando encerrar o voo antes de surgir a temida palavra "Crashed". A Blaze, responsável pelo jogo, utiliza estratégias de marketing agressivas, recrutando celebridades com milhões de seguidores para promovê-lo.
A Polêmica Publicidade dos Influenciadores
Os influenciadores, cientes da ilegalidade do jogo, não hesitaram em promovê-lo. Juju Salimeni, em um vídeo, entusiasma seus seguidores: "Vou jogar o Crash com vocês, que é o meu preferido." Juliana Ferrari apela para o apelo financeiro ao afirmar: "Dá pra fazer uma grana muito rápido." MC Kauan, consciente da proibição, adverte: "É um jogo para maiores de 18 anos." Mel Maia, com um tom mais cauteloso, alerta sobre os riscos do jogo.
Reações e Justificativas dos Influenciadores
Diante das investigações, os influenciadores se manifestaram. Viih Tube, ao saber das denúncias, solicitou o encerramento de seu contrato com a Blaze. Juju Ferrari afirmou que não divulga mais o jogo e que sua relação era meramente publicitária. Jon Vlogs, alvo de especulações sobre sua participação acionária, negou ser dono da Blaze, mas reconheceu lucrar significativamente com a parceria.
Posicionamentos e o Desafio Legal
Cada influenciador enfrenta a investigação com diferentes abordagens. A assessoria de Jon Vlogs esclareceu que seu contrato é exclusivamente de influenciador, sem participação acionária. Mel Maia, por meio de seus advogados, alega desconhecimento sobre investigações, enfatizando seu papel publicitário. Por outro lado, Rico Melquiades, MC Kauan e Juju Salimeni não responderam aos contatos.
Conclusão
A investigação sobre a plataforma online que gerencia o "Jogo do Aviãozinho" levanta questões sobre a responsabilidade dos influenciadores na promoção de atividades ilegais. A postura de cada um diante das denúncias demonstra a diversidade de envolvimento e as nuances legais que cercam tais parcerias. A conclusão desse processo investigativo determinará não apenas as repercussões legais para os envolvidos, mas também impactará como futuras colaborações entre influenciadores e marcas serão avaliadas e regulamentadas.
Duvido, os tais influenciadores já estão se justificando que já saíram da tal parceria. E os que não saíram, acusam outros influenciadores de serem hipócritas, pois já receberam para fazer publicidade e agora "pagam de bonzinhos".
Sejamos claros, nós profissionais, nos expomos diariamente no LinkedIn, expondo nossa carreira, nosso conhecimento, tentamos de alguma maneira difundir este conhecimento. Esses influenciadores, ou pelo menos uma boa parte deles, são reflexo de uma ideia que já um tempo é difundida de que não se precisa muito para se ter retorno financeiro.
Soma-se a isso a uma população brasileira, que está no meio de uma crise (está, sim, não neguem) e procura de alguma forma fazer dinheiro o mais rápido. Como diz meu pai: une-se a fome com a vontade de comer.
Vocês concordam? Deixem nos comentários.
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