A obsessão por parecer bom, mesmo sem necessariamente ser, tornou-se uma norma social especialmente com o advento das redes sociais e a crescente valorização das aparências. Nos últimos 11 anos, a era digital intensificou essa tendência, promovendo uma cultura onde a imagem pessoal e profissional é muitas vezes mais valorizada do que a substância real do trabalho ou das habilidades.
A obsessão por parecer rico e bem-sucedido levou muitos a acreditarem que investir em aparências – como comprar um blazer caro ou um MacBook – é essencial para o sucesso. Essa mentalidade tem se mostrado prejudicial, causando endividamento e ansiedade em pessoas que buscam se adequar a esses padrões superficiais.
Paralelamente, a era digital também abriu espaço para indivíduos com pouca substância mas boa aparência prosperarem, pois a percepção de competência muitas vezes supera a competência real. Isso é exacerbado pela facilidade de criar uma imagem online atraente, que pode enganar muitos sobre a verdadeira capacidade ou conhecimento de uma pessoa.
A esperança por um retorno a valores mais genuínos – como a simplicidade e a qualidade de vida – reflete o desejo de muitas pessoas por uma existência mais autêntica e menos materialista. A valorização de coisas simples, como plantar temperos em casa, representa um movimento contra a pressão de manter aparências falsas. Este anseio por autenticidade pode ser visto como uma resposta à exaustão causada pela cultura da superficialidade que tem dominado a última década.